Quando
se fala em “restauração de carro antigo”, as primeiras coisas que se imaginam é
o garimpo de peças de acabamento, a eliminação da ferrugem da carroceria,
raspagem completa da velha pintura e a aplicação de diversas demãos de tinta e
verniz. A este tipo de trabalho, devemos chamar de “restauração estética”, o
que muitas vezes é o suficiente para exibir o veículo antigo e até mesmo ter a
possibilidade de ganhar um prêmio em algum badalado concurso.
Já a
“restauração funcional”, visa a utilização do veículo como prioridade e por conseguinte,
os trabalhos de restauração iniciam-se nos elementos mecânicos, muitas vezes
invisíveis aos menos atentos, por isso, muitas vezes é renegada em prol dos
olhares de admiração de uma grande parcela que não vê mais o carro antigo com o
propósito pelo qual foi concebido: transportar pessoas com segurança e
eficiência.
Em
uma “restauração completa”, ou de “A” a “Z” como também é conhecida, deve ser
dada a mesma atenção à restauração funcional que é dada à restauração estética,
sendo que as duas podem até mesmo serem executadas simultaneamente.
Na Belina
Rota do Asfalto, pretendemos chegar o mais próximo possível de uma restauração
completa, mas em função do destino que visamos ao carro de realização de
viagens de longa distância e provas de regularidade, muito mais interessante do
que o friso certo no lugar certo, é ela nos transmitir segurança e acima de
tudo confiabilidade, portanto a “restauração funcional” é a nossa prioridade.
Então,
inicialmente vamos fazer o carro andar bem, certo?
Errado!!!
Inicialmente
vamos fazer o carro parar bem e neste quesito a Belina Rota do Asfalto estava
muito deficiente.
Na
matéria anterior sobre a aquisição da Belina, havíamos dito que iriamos dar
início a uma série de treinamentos “online” sobre sistemas mecânicos e a Belina
seria nosso maior instrumento didático nesta atividade, sendo assim elaboramos
e executamos nosso primeiro módulo intitulado “Sistemas de Freio”.
Tivemos
a participação de 05 dedicados alunos das mais variadas profissões e
localidades do Brasil que nos acompanharam de forma remota, apesar de alguns
deles não terem resistido e vindo à nossa oficina para conhecer e até fazer um "test drive" com o sistema que ajudaram a restaurar.
Neste
trabalho foram substituídos discos, pastilhas, flexíveis dianteiros e fluido de
freio, além de limpeza e regulagem dos freios traseiros. É claro que não
esquecemos de uma boa regulagem do freio de estacionamento.
Discos
e pastilhas substituídos.
Avaliação
de empenamento de disco com relógio comparador.
Limpeza e avaliação
dos cubos de roda.
Acompanhamento remoto de todo o processo
em curso “online”.
Atividade registrada em transmitida aos
participantes.
Em
um segundo módulo de oito horas foi executado o programa que chamamos de
“Sistemas de Alimentação”, que envolveram informações desde o tanque de
combustível com a sua retirada e limpeza, até a linha de combustível, que teve
as mangueiras e abraçadeiras renovadas, assim como a substituição de filtros de
combustível e ar. Um destaque especial foi reservado ao carburador, que teve
seus componentes e juntas trocados por novos.
Informações transmitidas ao vivo sobre o
sistema de alimentação da Belina e de outros veículos.
Remoção
e limpeza do tanque de combustível.
Carburador limpo, revisado e regulado.
Componentes
exibidos para uma perfeita compreensão dos participantes.
Alguns
participantes não resistiram e vieram dar uma volta no carro que estão ajudando
a trazer de volta à vida.
De
acordo com a evolução do projeto iremos atualizar as notícias sobre a
Restauração Funcional da Belina Rota do Asfalto.
Quem
quiser saber como participar dos próximos módulos é só enviar um email para rotadoasfalto@outlook.com
Até
breve
Wagner
Coronado
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