terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Seção Publicidade: Del Rey 81.


Esta seção vai mostrar todas as campanhas publicitárias do Ford Del Rey ao longo dos quase dez anos de fabricação pela Ford no Brasil. Começamos com os modelos Del Rey e Del Rey Ouro 81
Como sabemos, as campanhas publicitárias procuram mostrar o que há de melhor nos modelos e naturalmente as atenções recaiam no modelo top de linha, neste caso, o Del Rey Ouro, que vinha com cintos de segurança retráteis e inerciais de três pontos com dispositivo que elimina a pressão sobre o corpo, travas elétricas, para-brisas laminado degradê e vidros climatizados, painel completo, apoio para a cabeça nos bancos dianteiros e desembaçador elétrico de vidros traseiros e rodas de alumínio estilizadas.


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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ford Del Rey: Questão de Requinte.


Autor deste blog, me chamo Amarildo Mayrink, moro em Bicas – MG e sou proprietário do DEL REY ano 90 1.8 Ghia azul que ilustra a segunda postagem aqui no blog. Foi justamente este carro que me levou a criar um novo espaço destinado a preservar a história do Ford Del Rey, um dos mais belos, luxuosos e completos (para a época) veículos já fabricados no Brasil. 
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A história deste clássico da indústria automobilística brasileira teve início no princípio dos anos 80.  Diante dos altos preços dos combustíveis no Brasil, vivíamos o fim da era dos carrões de luxo, onde apenas o Opala Diplomata conseguiu resistir por mais alguns anos. A Ford entendeu que era necessário lançar um novo modelo para substituir o velho Landau V8, modelo-evolução dos LTD e Galaxie. Um carro que aliasse motor econômico e porte de carro médio à beleza, ao luxo e ao conforto. Ela já possuía no mercado o belo Corcel II, mas o modelo mais luxuoso, o LDO, ainda não apresentava equipamentos de luxo e conforto exigidos por uma ainda grande fatia do mercado dos carros de luxo.



Neste cenário, aliando economia e eficiência, a Ford lança em 1982, um dos mais belos e luxuosos carros nacionais: o Del Rey. Externamente, ele nada mais era que um Corcel II até a coluna central das portas, tendo como grande diferença sua grade frontal em frisos verticais cromados e um novo desenho da lanterna de sinalização. Da coluna central em diante, a equipe de projetos da Ford fez uma mudança significativa em toda a parte traseira do veículo, que passou a apresentar um corte radical na altura da coluna traseira, tendo sua tampa do porta-malas praticamente na horizontal, dando um visual belíssimo, que lembrava alguns modelos da Mercedes-benz da época, fazendo com que o Del Rey tivesse boa visibilidade para todos os lados graças também aos seus grandes vidros. O Del Rey Ghia era também um dos primeiros carros das grandes montadoras brasileiras a sair de fábrica com um belo jogo de rodas de liga leve.
Na parte mecânica, começou com o velho e econômico motor 1.6 de origem Renault, que já apresentava dificuldades para empurrar o Corcel II e teve mais dificuldades ainda no caso do Del Rey, que contava com equipamentos como direção hidráulica, ar-condicionado e opcionalmente o câmbio automático. A mudança para o motor Ford CHT, também 1.6 não surtiu o efeito desejado, mas o bom e confortável Del Rey continuava a agradar seu público cativo.
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Por dentro, a grande transformação! A palavra “requinte”, marca registrada das campanhas publicitárias do Del Rey, exprimia a mais pura verdade, principalmente para a época de seu lançamento, com acabamento interno extremamente refinado, bastante superior se comparado aos demais carros nacionais, mesmo nos dias de hoje. Destacava-se também pelo baixíssimo nível de ruído, graças à colocação de mantas fono-absorventes que envolviam todo o habitáculo do carro. Ou seja, um carro requintado, bonito e silencioso, o Del Rey Ghia – o top de linha - despertava furor quando passava.
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Painel belíssimo. À noite, iluminação indireta em tom azul, um de seus maiores atrativos.
O conforto era o principal cartão de visitas do Del Rey.


O painel surpreendia a todos com sua iluminação indireta – inédita para a época – com suas luzes iluminando o painel mais completo dos carros nacionais num belíssimo tom de azul, que iluminava uma grande quantidade de instrumentos. Era velocímetro, conta-giros, medidores de temperatura e de pressão do óleo, marcador de nível de combustível com luz de advertência quando entrava na reserva e oito luzes de advertência muito bem posicionadas num painel de fácil leitura. Porém o grande charme ficava com o relógio digital, também na cor azul, fixado no teto, logo à frente do motorista, trazendo também luzes de leitura individuais para motorista e acompanhante.

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O painel mais completo entre os carros nacionais da época.
Contorle remoto dos retrovisores externos.


Além de direção hidráulica e ar condicionado, o Del Rey Ghia contava também comando elétrico dos vidros, desembaçador elétrico do vidro traseiro, trava elétrica das portas através de comando na porta do motorista, cinto de segurança retrátil e inercial de três pontos com sistema de alívio de tensão, para-brisa laminado degradê e vidros climatizados. Com o passar dos anos, o Del Rey tornou-se ainda mais completo com a adoção de controles elétricos de regulagem dos retrovisores externos, encosto de cabeça nos bancos traseiros, direção hidráulica, controle elétrico de abertura do porta-malas, brake light, luzes de leitura individuais também para dois passageiros do banco traseiro dotado de um confortável apoio central de braços. A qualidade e a padronagem da forração dos bancos e da forração interna sempre foi de extremo bom gosto, característica Ford.

Interior extremamente confortável.
O charme do relógio digital, um luxo na época.


Com a criação da Autolatina – fusão da Ford com a Volkswagen – alguns carros da Ford passaram a receber o motor Volkswagen AP 1.8, um motor mais moderno, com 93 cavalos e potência 30% maior que o antigo motor Ford CHT 1.6. A Partir de 1989 o Del Rey recebeu este motor e a mudança transformou o sedã de luxo da Ford. O Del Rey tornou-se um carro ainda mais agradável de dirigir, aliando o já tradicional conforto ao desempenho e à segurança, já que sua suspensão recebera nova calibragem. As revistas especializadas da época mostravam em seus testes que o novo Del Rey 1.8 alcançava os 160 kn/h e acelerava de 0 a 100 Km/h em 14 seg.

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Motor AP 1.8, neste modelo 1990, a gasolina.
Após quase dez anos de produção no Brasil, o Ford Del Rey deixou de ser fabricado, sendo substituído pelo Versailles, na verdade, um VW Santana maquiado de Ford.
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